sexta-feira, 9 de maio de 2025

Ser Professor: um sonho do passado, um tormento no presente, uma preocupação para o futuro.

 


Ser professor no Brasil por muito tempo era o sonho de milhares de jovens recém egressos do ensino médio, assim também eram as histórias contadas por muitas crianças que brincavam de ser médicos e professores. Mas o que tem motivado essa insatisfação ou desmotivação das nossas crianças e jovens por seguir a profissão que forma todas as outras profissões? Esse é foco deste artigo, que pretende analisar as principais causas desta desmotivação que, com certeza, afetará toda uma geração futura.

Tem sido corriqueiro, e até parece algo repetitivo, abrirmos nossas redes sociais, e encontraremos notícias de violência à educadores no ambiente escolar. A figura do professor, que outrora era respeitado em sala de aula, tornou-se um mero personagem, por vezes comparado a um objeto ignóbil, onde todos podem manusear, descartar ou utilizar a seu bel-prazer. A violência é a mesma, muda-se apenas de escola, de cidade, de estado, mas nos parece mesmo que o que não mudam são as ações de valorização e respeito ao professor, que vive sobressaltado, inseguro, atemorizado. Hoje o fato noticiado de agressão a professor foi no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Minas Gerais, no Maranhão, mas amanhã pode ser na minha sala de aula, contra a minha vida, afetando minha integridade física e o que fazer?  

É triste vermos uma professora, que dedica parte de sua vida para contribuir na educação de crianças e adolescentes em sua comunidade, ser agredida, enquanto outros alunos filmam e riem da situação; é triste vermos um aluno desferir socos na face de um professor por ele ter repreendido o adolescente pelo uso de um aparelho celular; é preocupante vermos alunos ingressando em escolas com armas de fogo escondidas nas mochilas, essa é a realidade que temos presenciado em nosso país.

Em um dos casos de violência, amplamente noticiados pela imprensa brasileira, está o caso ocorrido em 07 de maio de 2025, em uma escola da rede estadual em Belo Horizonte/M, quando um aluno agrediu uma professora, após ela ter dito a ele para esperar o horário do intervalo para ir ao banheiro. A agressão foi motivo de risos dos demais alunos que filmavam e se divertiam da situação, ao invés de repelir a agressão do colega de classe.

Diante desta triste situação ainda houve quem destilasse seu ódio em redes sociais pela decisão da professora que não permitiu, naquele momento, a ida do aluno ao banheiro. Para quem não atua dentro de uma sala de aula é fácil julgar uma professora por este ato, agora analisemos diversas situações que porventura possam ocorrer nestes casos. Imagine professores que atuam em uma sala de aula com 37 alunos, e durante o período de sua aula (50 minutos), a metade dos alunos desejar ir ao banheiro ou beber água, qual seria a postura do docente, permitir a ida de todos eles, sabendo que muitos alunos se utilizam destes artifícios, apenas para um passeio pelos corredores da escola, ou negar a ida deles ao banheiro e correr os riscos de ser agredido? Digamos que o professor sela flexível e permita a ida ao banheiro de vários alunos durante sua aula, esse profissional fatalmente será chamado a atenção pela coordenação/direção da escola, ou seja para o professor fica aquele ditado: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, a maioria das vezes o professor fica acuado e a culpa quase sempre recai sobre ele.   

De acordo com dados do ENADE (2021), apenas 19% dos alunos de licenciatura no Brasil tem interesse de trabalhar como professor, (https://observatoriodoconhecimento.org.br/19-dos-formandos-em-licenciaturas-nao-querem-trabalhar-como-professores) outro dado que mostra que essa situação já vinha causando preocupação, foi uma pesquisa da OCDE, de 2018, que apontava que apenas 2,4% dos alunos com 15 anos de idade manifestavam o interesse de ser professor, (https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2018-06/cai-percentual-de-estudantes-que-querem-ser-professores-diz-ocde) tudo isso é reflexo não apenas da violência no ambiente escolar, mas de inúmeras situações que sufocam os profissionais da educação, como falta de valorização, pouco ou nenhum reconhecimento, cobranças excessivas e a “pedagogia da culpa”, que faço questão de expressar-me sobre tal fato no parágrafo seguinte.

Que a educação precisa ter melhores índices, avanços e resultados satisfatórios, disso, tanto os professores quanto o sistema educacional são cônscios dessa realidade, contudo parece-nos que a grande parte dos problemas existentes no ambiente escolar são creditados na conta dos professores, porém os louros dos bons resultados, ficam ao sistema.  É mais fácil cobrar dos professores que não permitam a saída dos alunos durante as aulas, que inovem, que executem projetos em sala de aula, que entreguem todos os relatórios dentro dos prazos, mas não parece tão fácil para o sistema disponibilizar recursos tecnológicos para atuação dos profissionais da educação, construir mais salas de aulas nas escolas de modo a minimizar as superlotações, contratar mais profissionais de apoio aos alunos com deficiência, reconhecer o trabalho docente pelos resultados entregues, realizar formações continuadas, contratar mais professores de modo que o profissional atue em sua área de formação, construir bibliotecas, laboratórios, auditórios e áreas que favoreçam o trabalho inovador do professor.   

Diante de toda essa triste realidade, resta-nos, primeiramente lamentar e por último acreditar na execução de medidas que revertam tal situação, não apenas com vieses punitivos, mas preventivos para que amanhã não sejamos a próxima vítima dessa violência assustadora.

Referências

A pedagogia da Culpa: quando o sistema acusa seus professores, Disponível em: https://iclnoticias.com.br/a-pedagogia-da-culpa-quando-o-sistema-acusa-seus-professores/#:~:text=A%20pedagogia%20da%20culpa%3A%20quando%20o%20sistema%20acusa%20seus%20professores,Atribuir%20aos%20docentes&text=%E2%80%9CA%20cultura%20%C3%A9%20algo%20anterior,sentido%20e%20orienta%C3%A7%C3%A3o%20aos%20conhecimentos.%E2%80%9D Acesso em 08/05/2025

Porque as crianças não brincam mais de ser professor?: Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/3623194 . Acesso em 08/05/2025

19% dos formandos em licenciatura não querem trabalhar como professores. Dsiponível em https://observatoriodoconhecimento.org.br/19-dos-formandos-em-licenciaturas-nao-querem-trabalhar-como-professores/. Acesso em 08/05/2025

Vídeo: Professora é agredida por aluno em escola da rede estadual, em BH Disponível em: https://www.otempo.com.br/cidades/2025/5/6/professora-e-agredida-por-aluno-em-escola-da-rede-estadual-em-bh-veja-video. Acesso em 08/05/2025.

Cai percentual de estudantes que querem ser professores, diz OCDE. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2018-06/cai-percentual-de-estudantes-que-querem-ser-professores-diz-ocde. Acesso em 08/05/2025.

MARCUS PERIKS BARBOSA KRAUSE

Mestre em Ciências da Educação(UPAP); Mestrando em Educação Inclsuiva (UEMA); Especialista em Educação Inclusiva(UEMA);  Especialista em Língua Portuguesa com ênfase em gramática(FLATED); Especialista em Gestão e governança em Ministério Público(ESMP), Pedagogo (FEMAF);  Licenciado em Letras(FAESF).


Artigo postado inicialmente no endereço eletrônico: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/ser-professor-um-sonho-do-passado-um-tormento-no-presente-uma-preocupacao-para-o-futuro.htm. em 08 de maio de 2025. 


domingo, 27 de abril de 2025

Viva Pedreiras!

 *VIVA PEDREIRAS!*


Viva Pedreiras!

Por sua emancipação. 


Viva Pedreiras!

Por ser terra de tantos artistas, poetas e artesãos. 


Viva Pedreiras! 

Cidade próspera e hospitaleira. 


Viva Pedreiras! 

Nobre solo abençoado 

Beleza do meu Maranhão.


Viva Pedreiras! 

Por suas praças, ruas e avenidas. 


Viva Pedreiras!

Que de braços abertos recebe seus visitantes. 


Viva Pedreiras! 

Banhada pelas águas barrentas do Mearim


Viva Pedreiras ! 

Por sua cultura, arte e literatura.


Viva Pedreiras ! 

Por sua agricultura de subsistência que mantém o homem do campo. 


Viva Pedreiras 

Por seu povo trabalhador. 


Viva Pedreiras ! 

Hoje e sempre serás a Princesa do Mearim.


Autor: Marcus Krause

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Livro Pedreiras: Uma Rua, Um Poema Disponível para baixar gratuitamente

Como forma de difundir a literatura e fatos sobre nossa cidade de Pedreiras, que completa 105 anos estes mês de abril, estamos disponibilizando gratuitamente em PDF o livro PEDREIRAS: UMA RUA UM POEMA.  
O livro narra a história de várias ruas da cidade de Pedreiras, personagens que viveram nelas e fatos relevantes, tudo em forma de versos e rimas, uma forma mais didática e lúdica, principalmente para crianças e adolescentes. 

Sugestões de atividades que podem ser desenvolvidas nas escolas:

Os alunos podem ser incentivados a produzirem versos de suas próprias ruas ou bairros; 
Atividades pará desenvolver a leitura; 
Elaboração de quiz sobre as ruas da cidade, com base nos versos constante nos livros;

Pedreiras, 105 anos de emancipação política

clique no link e baixe o seu;  

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Mais um Artigo cientifico publicado em co-autoria

 

A escola inclusiva e o estudante com deficiência intelectual segundo a teoria Histórico-cultural


    O referido artigo foi publicado na Revista Caderno Pedagógico, v.22, n.01, p 01-22, ano 2025, pelos seguintes autores: 

  • Anaizy Moreira de Oliveira Bernardes
  • Iris Maria Ribeiro Rocha
  • Marcus Periks Barbosa Krause
  • Carolina Vasconcelos Pitanga
  • Poliana Andressa Costa Melonio
  • Doracy Gomes Pinto Lima
  • Sandra Regina Costa dos Santos
  • Ana Paula de Albuquerque Martins
  • O texto está disponível no seguinte link: artigo 

19ª participação em coletânea

   


 Já está disponível para venda no site da editora Perse a Coletânea Centenário do Dia das Crianças, que teve a participação do estcritor pedreirense Marcus Krause no link editora Perse  .

    Essa é a 19ª participação em co-autoria de antologias do escritor Krause. 

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Poema de Marcus Krause: A realidade das ruas

 Nas ruas tem criança chorando

Vivendo sem proteção

Nas ruas há pessoas mendigando

À procura de um pedaço de pão

 

Nas ruas a violência se espalha

Levando o medo à população

Nas ruas o crime assusta

Parece que não há solução

 

Nas ruas há o perigo das drogas

Do álcool e da prostituição

Nas ruas os jovens se perdem

E acabam sem direção

 

Nas ruas há o desespero

Dos que vivem sem moradia

Nas ruas o povo padece

Sofrendo noite e dia

 

Nas ruas o estado é falho

Não acolhe a quem mais precisa

Nas ruas a realidade é dura

Faltam políticas mais efetivas

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Obras do escritor Pedreirense Marcus Krause alcançam todo o território nacional

 


Missão cumprida ! Com a destinação de livros de minha autoria para a Biblioteca Estadual Cromwell de Carvalho, em Teresina/PI, completei todos os estados brasileiros. 

O projeto Literatura pedreirense pelo mundo, foi iniciado por mim,  há 2 anos, quando comecei a enviar pelos correios os exemplares para as bibliotecas públicas das capitais do Brasil. 



Fiz questão de completar a última capital pessoalmente, onde fui bem recebido por todos os servidores que fizeram questão de nos apresentar as dependências da biblioteca. Conheço a vinilteca, com centenas de discos de vinil, a área de libras e demais dependências. 

Agora nossas obras, genuinamente pedreirenses, estão presentes em TODO O TERRITÓRIO NACIONAL a Deus toda a glória por nos permitir concluir este projeto e contribuir na disseminação de livros e fomentar o gosto pela leitura. 

Abaixo estão listadas as bibliotecas que já receberam exemplares do livro do escritor maranhense Marcus Krause 

1 Biblioteca Publica Benedito Leite – São Luis

2 Biblioteca Publica José Sarney – São Luis

3 Biblioteca Pública A Minha História, Parque João do Vale  – Pedreiras

4 Biblioteca do Colégio Olindina Nunes Freire – Pedreiras

5 Biblioteca Publica Antenor Amaral – Pedreiras

6 Biblioteca da Faculdade FEMAF – Pedreiras

7 Biblioteca da Faculdade FAESF – Pedreiras

8 Biblioteca do Colégio Batista Eleutério Rocha – Pedreiras

9 Fundação Cultural do Estado do Pará – Pará

10 Biblioteca Pública da Procuradoria Geral de Justiça do MPMA – São Luis

11 Biblioteca Pública de Trizidela do Vale – Trizidela do Vale

12 Biblioteca Pública Estadual de Roraima– RR

13 Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco - PE

14 Biblioteca Pública Nelson Fidelis da Costa – Tibau do Sul, RN

15 Biblioteca Nacional Mariano Moreira – Buenos Aires – Argentina

16 Biblioteca Nacional de Brasília – Brasília

17 Biblioteca Dolor Barreira – Fortaleza/CE (instagram)

18 Biblioteca Pública Epiphanio Doria, Aracaju – Sergipe

19 Biblioteca Pública Estadual Augusto dos Anjos - João Pessoa/Paraíba 

20 Biblioteca Estadual Estevão de Mendonça - Cuiabá / Mato Grosso       

21 Biblioteca Pública Estadual Adonay Barbosa dos Santos, Rio Branco/AC

22 Biblioteca da UEMA, São Luís/MA

23. Biblioteca Pública Amazonas/AM 

24 Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda / Amapá

25. Biblioteca Pública Municipal dr Possidio da Silva Bem. Juazeiro do Norte/CE

26. Biblioteca Euclides da Cunha, Cidade Nova / RJ

27. Biblioteca Estadual de Minas Gerais/ MG

28. Biblioteca pública Dr. José Pontes Pinto. Porto Velho/RO

29. Biblioteca pública Estadual Graciliano Ramos, Maceió /Al

30. Biblioteca Pública Taquaralto - Palmas /TO

31. Biblioteca Especializada em Educação, polo UAB - Curitiba / PR

32. Biblioteca Mário de Andrade , São Paulo/ SP. 

33. Biblioteca pública Municipal Cora Coralina, Goiania/GO 

34. Biblioteca Pública do Espírito Santo/ Vitória/ES

35. Biblioteca Pública Thales de Azevedo, Salvador/BA

36. Biblioteca Pública Anna Luiza Prado Bastos, Campo Grande/ MS 

37. Biblioteca Pública de Santa Catarina, Florianópolis/SC

38. Biblioteca Castro Alves, Barracão/RS 

39. Biblioteca Estadual Cromwell de Carvalho, Teresina PI. 




Ser Professor: um sonho do passado, um tormento no presente, uma preocupação para o futuro.

  Ser professor no Brasil por muito tempo era o sonho de milhares de jovens recém egressos do ensino médio, assim também eram as histórias c...